Toca Raul!!! Blog do Raul Marinho

Entrevista na VendaMais

Posted in Uncategorized by Raul Marinho on 29 fevereiro, 2012

Acabou de sair publicada uma entrevista minha na revista VendaMais, que segue copiada abaixo. Eu acho que foi a melhor que eu já dei até hoje.

 

Sobre seu livro

Vamos começar falando do seu livro Prática na teoria. Qual é a principal ideia ou conceito que você defende nele? Por que ele é diferente dos outros materiais sobre o mesmo assunto, que já se encontram disponíveis no mercado?

Prática na teoria está ancorado no mecanismo do “altruísmo recíproco”, que vem da Biologia Evolutiva, a qual é utilizada para explicar por que indivíduos não aparentados cooperam entre si na natureza – por exemplo: por que morcegos hematófagos dividem parte do sangue coletado com “amigos” que eventualmente não obtiveram sucesso em uma noite de caçada. Ocorre que o “altruísmo recíproco” tem sua lógica fundamentada na Teoria dos Jogos, e é por isso que o subtítulo de meu livro é Aplicações da teoria dos jogos e da evolução aos negócios. A ideia central do livro é a de enxergar os relacionamentos humanos pela ótica da Teoria dos Jogos Evolucionários, o que por si só já é completamente diferente de qualquer outro livro sobre o assunto disponível no mercado. Mas como uma abordagem teórica como essa ficaria excessivamente maçante, eu utilizei o enredo da trilogia dos filmes de O poderoso chefão para mostrar, na prática, como essa história toda funciona – e eu acredito que isso é o que torna o livro legível por qualquer pessoa, independentemente de conhecimento prévio sobre as teorias nele abordadas. Por isso, você pode até não gostar do meu livro, mas jamais poderá dizer que ele não é original.

Quem você acha que deveria ler seu livro? Que tipo de conselhos ou conhecimentos esse leitor estaria procurando?

Eu acredito que todo profissional que dependa da eficiência de seus relacionamentos profissionais para alcançar sucesso no trabalho deverá obter benefícios com o meu livro. Por exemplo: um gerente de contas de um banco, o qual vai conseguir ou não bater suas metas dependendo do seu sucesso em convencer seus clientes a manter um relacionamento produtivo com ele. Esse tipo de profissional – vamos chamá-lo de “gestor de relacionamentos profissionais” – aprende a trabalhar na prática, baseado em tentativa e erro, tateando no escuro; digo isso porque foi assim que eu aprendi a trabalhar quando era gerente de contas. O meu livro é uma espécie de lanterna para esse tipo de profissional trabalhar menos no escuro e saber o que está fazendo. Gerir relacionamentos profissionais conhecendo os mecanismos da Teoria dos Jogos Evolucionários é tão importante quanto um engenheiro conhecer física. É até possível construir uma casa de maneira intuitiva, mas ela certamente consumirá mais recursos e será menos segura e confortável do que se o construtor tivesse os conhecimentos de um engenheiro, não é mesmo?

Por outro lado, quem você acha que NÃO deveria ler seu livro? O que as pessoas não irão encontrar nele?

Quem está esperando uma receita de bolo para aplicar em seus relacionamentos profissionais vai se decepcionar. Mesmo nessa segunda edição, em que incorporei um “Manual de gestão de relacionamentos profissionais”, o livro ainda é, essencialmente, uma espécie de gramática para os relacionamentos profissionais. Não se trata de um livro com modelos de textos prontos, só para mudar os nomes dos destinatários e do remetente e assiná-los, se é que estou sendo claro… eu já dei muitas palestras sobre o livro para muitos públicos diferentes e percebi que a compreensão do que falo depende muito da experiência de quem ouve. O livro é sobre teorias que explicam fatos já conhecidos na prática, e não o contrário, que é a abordagem acadêmica mais comum. Por isso, o meu livro faz muito mais sucesso entre profissionais mais experientes e às vezes é um pouco frustrante para os mais jovens – muito embora, é sempre bom deixar claro, não é preciso ser PhD para entendê-lo: qualquer pessoa com o ensino médio completo tem capacidade para tal.

Assim que uma pessoa termina de ler seu livro, qual deve ser a primeira coisa a fazer ou colocar em prática?

A Teoria dos Jogos mostra uma maneira pouco usual de enxergar os relacionamentos humanos, e leva um tempo até que se adquira proficiência na identificação do jogo que está sendo jogado, em que estágio esse jogo está, quem são os jogadores e que estratégia eles estão usando, enfim: até conseguir criar um modelo que reflita adequadamente a realidade. Por isso, acho que a primeiríssima coisa que um leitor do meu livro deveria fazer é… nada! Ele deve apenas observar os relacionamentos que acontecem com ele e com outros à volta dele, ou mesmo em filmes, novelas, no Big Brother (que é, aliás, um programa muito interessante para esse fim – pelo menos para isso ele serve!), e correlacione o que leu com o que está vendo. À medida que você vai ficando mais seguro quanto à identificação dos jogos nas relações que observa, vai adquirindo uma espécie de “dom premonitório” e fica cada vez mais fácil antecipar o que os outros farão, e é aí que você começa a ter algum benefício prático do que o livro explica. Partindo disso, será muito simples começar a construir estratégias de relacionamentos mais eficientes. Mas é importante passar um tempo apenas observando as relações e refletindo, antes de querer aplicar a Teoria dos Jogos no dia a dia dos negócios.

Além do seu próprio siteque endereços você recomenda para quem quer saber mais sobre esses assuntos?

Infelizmente, existe pouco material sobre o assunto em português, e mesmo em inglês existe pouca coisa acessível para quem não possui um treinamento aprofundado em Teoria dos Jogos ou em Evolução do Comportamento. Em termos de sites autorais, eu gosto do Robert H. Frank (www.robert-h-frank.com), um excelente economista comportamental, e do Nassim Nicholas Taleb (www.fooledbyrandomness.com), que é um crítico da Teoria dos Jogos, mas faz análises muito interessantes. No www.gametheory.net, você encontra bons textos sobre Teoria dos Jogos e, se realizar uma busca com os termos “behavioral economy”, “evolutionary psychology” ou “game theory”, você certamente encontrará alguma coisa que valha a pena.

Quais são seus livros ou autores preferidos na área de negócios?

Os mesmos Frank e Taleb que citei acima possuem os melhores livros sobre negócios, em minha opinião – fora os clássicos, evidentemente. O Frank possui um manual enorme chamado Microeconomia e comportamento (uma edição portuguesa da McGraw Hill) que é excelente, uma obra de referência imprescindível. Já o Taleb é autor do A lógica do cisne negro (Editora Best Seller), que considero um dos livros mais inteligentes que eu já li. Também gosto muito dos livros e artigos do Stephen Kanitz, meu amigo pessoal e profissional que admiro muitíssimo. Além disso, há uma lista de uns 150 títulos listados no Prática na teoria, com as principais indicações em negrito, para facilitar.

Como começou sua carreira?

Quando eu fiz o curso de administração de empresas na FEA-USP, no final dos anos 1980, não se ensinava Teoria dos Jogos nas faculdades – hoje ela é ensinada nas melhores –; era a “idade das trevas” da Teoria dos Jogos, quando ela tinha a reputação de ser o “obscurantismo da matemática”, conceito que só caiu definitivamente em 1994, com o Nobel do John Nash. Então, eu só tive o primeiro contato com o assunto em 2000, quando um amigo advogado me apresentou um livro recém-lançado de um jurista americano que usava a Teoria dos Jogos para explicar uma negociação de um contrato de trabalho (Law and social norms, de Eric Posner, Harvard University Press). Na época, eu era diretor comercial de uma empresa de TI e estava passando por uma negociação do meu próprio contrato de trabalho, que o modelo explorado no livro explicava perfeitamente. Alguns meses depois, já em 2001, eu fui convidado pela Maria Tereza Gomes, na época diretora de redação da revista Você S/A, para escrever uma matéria sobre uma experiência empreendedora pela qual eu havia passado. Nessa época eu já estava obcecado pela Teoria dos Jogos, estava lendo muito sobre evolução do comportamento e, em um almoço com a Maria Tereza, tentei vender a ela um artigo sobre negociação usando essas ferramentas – na verdade, esse artigo era baseado no tal livro que aquele amigo advogado me apresentara algum tempo antes e que está até hoje no meu blog, neste endereço:https://raulmarinhog.files.wordpress.com/2008/10/dilemanegociacao.pdf. Não emplaquei a ideia, ela achou que aquilo era muito esquisito para a linha editorial da revista, exótico demais. Mas algum tempo depois, já em 2002, o filme Uma mente brilhante, baseado na biografia do John Nash, ganhou o Oscar, e aí eu vi uma oportunidade de ressuscitar o tema com a Maria Tereza. Finalmente, ela concordou em publicar um artigo meu sobre Teoria dos Jogos no site da revista, o qual fez um baita sucesso com os leitores, e eu acabei virando colunista fixo da Você S/A. Foi assim que a história toda começou.  

Como foi o seu momento profissional mais memorável, o que mais lhe marcou?

Foi justamente essa experiência empreendedora que eu citei e que despertou o interesse da Maria Tereza. Depois de trabalhar cinco anos no Citibank, como gerente de contas para grandes empresas, eu abri uma empresa de factoring, no interior de São Paulo. Lá eu conheci como funciona o mundo real, que não tem nada a ver com o mundo das grandes corporações, em um aprendizado dolorido, mas riquíssimo. Sabe aquela metáfora da “selva do mundo dos negócios”? Nada se aproxima mais da vida selvagem que a atividade de factoring, em minha opinião – pelo menos era assim nos anos 1990, não sei como está hoje, pois me afastei completamente do negócio há mais de 10 anos. Foi exatamente por isso que as teorias darwinistas fizeram tanto sentido para mim, e é esta a razão de o meu livro se chamar Prática na teoria: eu primeiro vivi os relacionamentos na prática e, só depois, conheci a teoria que explicava por que eles ocorriam da maneira como ocorreram. 

E o pior momento?

O mesmo. Eu perdi tudo o que eu tinha em termos materiais com essa empresa de factoring, foi terrível. Mas ficaram a experiência e o conhecimento, que acabaram viabilizando minha coluna na Você S/A e meu livro. Parece filosofia de botequim, mas não é: são as piores experiências que nos fazem crescer. Na verdade, aprende-se muito pouco com o êxito; o fracasso é que é o grande professor. Fórmulas de sucesso não são replicáveis, pois, se fossem, o sucesso não seria escasso – e ele tem de ser, por definição. Por exemplo: agora, o Eike Batista está na moda, e milhares de pessoas comprarão o livro dele para serem “Eikezinhos”… mas não serão; o próximo bilionário terá de criar uma fórmula completamente diferente da que o Eike usou. Não adiantará muito estudar a maneira como o Eike obteve sucesso, percebe? Mas o fracasso, este, sim, se repete. Por isso, se você conhecer o fracasso profundamente, poderá evitá-lo com mais proficiência. Esse método funciona muito bem na instrução aeronáutica, por exemplo – uma área em que, obviamente, o fracasso tem consequências catastróficas. Um bom piloto estuda muito mais os erros do que os acertos.

E qual foi o momento mais cômico?

Os momentos que são verdadeiramente engraçados não poderiam ser publicados, e os menos engraçados, acho que não merecem tanta propaganda.

Qual conselho você daria para alguém que está começando na área de gestão/administração?

Posso dar três conselhos? Primeiro: aproveite para errar enquanto as consequências dos seus erros ainda são pouco relevantes; então, seja arrojado no início da sua carreira. Segundo: nunca descuide da sua reputação, seja inflexível quanto à ética. Terceiro: relaxe e não se leve tão a sério, não tenha pressa em vencer.

E quais conselhos você daria para um veterano da área?

Primeiro: nunca se esqueça de que existem pessoas por trás dos números e que elas são o que realmente importa. Segundo: não se deixe levar pelas disputas de ego; uma vaga melhor no estacionamento não significa que você também seja melhor. Terceiro: a mesma recomendação para o iniciante, “relaxe e não se leve tão a sério”.

Qual é o erro mais comum cometido por gestores? Que sugestões você daria para que eles melhorassem?

Nas grandes empresas, eu acho que o grande erro é o divórcio do mundo real. Os executivos vivem em uma redoma e não têm a menor ideia do que acontece fora dela, é impressionante. Se o executivo for um diretor de um banco de investimentos, o qual lida com outros executivos de outros bancos de investimentos, com donos de corretoras, com gestores de fundos, até que isso não traz consequências tão desastrosas; mas, quando esse executivo trabalha em uma empresa de bens de consumo, de varejo ou de prestação de serviços, aí as consequências são terríveis. Então, para os gestores de grandes empresas, o conselho que eu daria é descer do salto e manter contato com o mundo real. Para os das pequenas empresas, eu daria dois. O primeiro é o de não negligenciar a educação: não é porque a empresa é pequena que a mentalidade do empresário também tem de ser. O segundo é sobre a questão ética. O ambiente do pequeno empresário é muito hostil: o governo atrapalha demais, as grandes empresas sufocam, os funcionários são descomprometidos e egoístas, os bancos, então, nem se fala… a sensação é a de que todos são inimigos. Dá muita vontade de mandar todo mundo para o inferno e “fazer como todo mundo faz”: sonegar, trapacear, enganar. Só que isso não funciona em longo prazo; uma hora a casa cai. Então, não abra mão da ética nos negócios, esse é o único caminho para se ter sucesso em longo prazo.

O que você acha que os gestores deveriam PARAR de fazer? 

Uma coisa que me incomoda muito são as tentativas malsucedidas de sistematizar o atendimento ao cliente: centrais de atendimento malconcebidas, vendedores presos ao “sistema”, esse tipo de coisa. Entre em uma loja de telefonia celular (qualquer uma) para ver como é complicado ser atendido de maneira decente nesse tipo de lugar. Eu não acho possível que os vendedores dessas operadoras sejam todos imbecis, mas eles se comportam como se fossem. Por quê? Porque um “gênio”, em algum momento, criou um sistema absurdo para padronizar o atendimento ao cliente, e os vendedores tiveram de se imbecilizar para poder trabalhar nele. Esses sistemas minam toda possibilidade de criatividade e iniciativa do vendedor; não consigo entender por que fazem isso. Pode reparar que, desde que instituíram o gerundismo no atendimento (“No que posso estar ajudando?”), ficou impossível se relacionar com a área de vendas das empresas. Na época que os vendedores eram pessoas reais, que conversavam com você sem scripts, a relação do consumidor com as empresas era bem melhor.

Ainda sobre liderança: o que você acha que os gerentes fazem pouco e que deveriam fazer mais?

Gerenciar pessoas, não processos. Um gerente financeiro, por exemplo, acha que gerencia as finanças, mas ele, na verdade, gerencia pessoas que gerenciam as finanças. Com um gerente comercial, é a mesma coisa: ele não gerencia as vendas, mas os vendedores. O gerente comercial não é um supervendedor, mas, sim, um sujeito que sabe administrar os conflitos em sua equipe e orientar os vendedores corretamente – e assim por diante. Saber vender é bem diferente de saber gerenciar vendedores, mas parece que a maioria dos gerentes se concentra no primeiro caso.

Qual foi o melhor conselho de gestão/administração ou de vida que você já recebeu?

Eu tive um chefe no Citibank que citava uma metáfora interessante sobre como gerenciar estrategicamente a atividade comercial. Ele dizia que temos de agir como um barco com redes para pescar sardinhas e arpões para fisgar merlins, o qual só seria eficiente se o capitão soubesse equilibrar os esforços em pegar as sardinhas e os merlins. Se focasse só nos merlins, poderia ficar sem recursos para o combustível, se esses peixes sumissem por muito tempo, e, se ficasse só pescando sardinhas, o barco nunca seria lucrativo. No livro do Taleb (A lógica do cisne negro), ele explica esse mesmo conceito de maneira diferente, quando fala de escalabilidade.

Qual dica sobre gestão você vê com frequência e acha estar errada – ou seja, coisas que os outros dizem e com as quais você não concorda?

Em linhas gerais, todas as modinhas que surgem de tempos em tempos são grandes equívocos. Um dos principais exemplos é o conceito de “líder servidor”, do James Hunt. Eu fui convidado para dar uma palestra em Belo Horizonte uma vez, em um evento em que o Hunt também era palestrante, e calhou de eu me sentar ao lado dele no jantar. Conversamos longamente, e eu expus (ou tentei expor) minhas críticas ao seu livro, mas… bem, fico constrangido em dizer isso, pode parecer inveja, já que o sujeito é um best-seller, mas o fato é que ele é muito limitado intelectualmente e foi complicado explicar por que a estratégia que ele propõe é falha. Na época, eu escrevi uma crítica ao livro, que ainda está acessível em:https://raulmarinhog.files.wordpress.com/2008/10/monge_e_executivo.pdf.

Há algum comentário final que gostaria de deixar para nossos leitores?

Em primeiro lugar, eu gostaria de agradecer ao Raúl Candeloro pela oportunidade da entrevista, sem dúvida a mais completa e inteligente que fizeram comigo até hoje (embora trabalhosa, mas, “no pain, no gain”, certo?). Ela me fez refletir sobre vários aspectos da minha carreira sobre os quais há muito tempo eu não pensava. Muito obrigado, mesmo! Em segundo lugar, eu gostaria de agradecer publicamente ao J.B. Vilhena, que fez uma excelente apresentação do Prática na teoria na VendaMais de janeiro. Repito aqui o que escrevi a ele em um e-mail pessoal, agradecendo a apresentação: “‘Nunca antes na história deste país’ – como dizia o outro – alguém percebeu tão bem minhas reais intenções: o Prática na Teoriaé um livro sobre vendas, escrito para (bons) vendedores, e não um livro sobre teoria dos jogos escrito para acadêmicos!”. E, finalmente, eu gostaria de me colocar à disposição dos leitores que quiserem se aprofundar sobre o assunto: meu e-mail raul@raulmarinho.com.br está às ordens. Muito obrigado, e sucesso a todos!

Novo blog: “Para ser piloto”

Posted in Uncategorized by Raul Marinho on 31 março, 2011

Pessoal,

Estou lançando um novo blog, filhote do Toca Raul!!!, só sobre coaching de formação aeronáutica, chamado “Para ser piloto“.

Por isso, as áreas de comentários dos posts “Como tirar brevê”, “O que é ser piloto profissional”, “PC Prático – Minha experiência” e “PP Prático com Cherokee no ASP” estão fechadas. A partir de agora, todos os comentários destes posts deverão ser feitos na página de comentários do “Para ser piloto”.

 

 

O que é ser piloto profissional

Posted in Aviação by Raul Marinho on 3 fevereiro, 2011

A maioria das pessoas, quando pensa na palavra “piloto” (da aviação, bem entendido), tem em mente o sujeito que fica na cabine do jato de linha aérea (ex. TAM, Gol, Webjet, etc). Mas embora essa pessoa seja, de fato, um piloto, existem muitas outras possibilidades na aviação que nem todo mundo conhece. Vamos explicá-las neste post. (more…)

PC Prático – Minha experiência

Posted in Aviação by Raul Marinho on 18 janeiro, 2011

Continuando o meu treinamento para me tonar piloto profissional iniciado no ASP-Aeroclube de São Paulo, onde realizei meu curso de PPA-Piloto Privado de Avião (vide este post), iniciei meu treinamento prático para PC-Piloto Comercial em 1º de maio de 2010, inicialmente no AC-Aeroclube de Campinas, e depois na EJ Escola de Aeronáutica. Foi uma longa jornada, com várias mudanças de estratégia no meio do caminho, e acho que conhecer a minha experiência é interessante para quem quer seguir carreira na aviação. Então, vamos lá…

(Atenção: o texto é longo, mas interessante para quem quiser conhecer uma experiência real de treinamento de PC) (more…)

Feliz 2011!!!

Posted in Uncategorized by Raul Marinho on 8 janeiro, 2011

Analfabetismo científico

Posted in Atualidades by Raul Marinho on 21 setembro, 2010

Da Folha de hoje (reportagem de Ricardo Mioto):

ET fez pirâmides, dizem alunos dos EUA

Entre 10 mil universitários, só 35% discordaram da afirmação; analfabetismo científico preocupa pesquisadores

Para 40%, antibióticos matam tanto os vírus quanto as bactérias; pior desempenho é dos alunos de pedagogia

Após ouvir cerca de 10 mil alunos de graduação nos EUA, pesquisadores descobriram que só 35% discordavam da ideia de que ETs teriam visitado civilizações antigas da Terra e ajudado a construir monumentos como as pirâmides do Egito.

Poucos se manifestaram contra outras teses sem base, como o suposto status de ciência da astrologia (não confundir com a astronomia) e a ideia de que existem números da sorte -22% e 40%, respectivamente.

Além disso, mais de 40% disseram que antibióticos matam tanto vírus quanto bactérias -na verdade, só as bactérias são vulneráveis a esse tipo de medicamento.

Para o autor do estudo americano, o astrônomo Chris Impey, os números refletem um problema do país: os alunos de ensino médio não precisam fazer cursos de ciência. A maioria estuda biologia, mas menos de metade tem aulas de química e só um quarto estuda física.

“O ensino médio americano é forte em história, conhecimentos gerais, esportes, computação, mas bastante fraco mesmo em ciências”, diz Renato Sabbatini, biomédico e educador da Unicamp.

“Mas as perguntas que fizeram são hiperelementares, um adolescente minimamente informado que assista televisão saberia responder.”

Preocupante, diz Impey, é que o pior desempenho foi justamente o dos alunos de cursos na área da educação.

Não há números parecidos que indiquem qual a realidade brasileira. Embora aulas de ciência sejam obrigatórias no ensino médio por aqui, a baixa qualidade do ensino não garante muita coisa.

Conspirando contra a compreensão científica no país, diz Sabbatini, há o fato de que cerca de 70% dos brasileiros só conseguem ler textos curtos e tirar informações esparsas deles. “Têm letramento insuficiente. É impossível serem bem informados sobre a ciência moderna.”

Tal analfabetismo, diz Impey, não deixa de ser um problema político: “Esses conhecimentos são importantes para avaliar posições políticas sobre mudança climática ou células-tronco”.

A Ética do Pondé

Posted in Atualidades by Raul Marinho on 20 setembro, 2010

Reproduzo abaixo o texto do Luiz Felipe Pondé para a Folha de hoje, “Ética”. Certamente, o melhor texto deste brilhante ensaísta.

Ética

Parece que decidimos que “tudo é bonito se dissermos que é bonito”. Como nos contos de fadas. Mentira.

DE FATO é muito feio dizer que as pessoas devem ser julgadas pelo que elas “servem”. Mas, se o mundo está esmagado sob essa máxima funcional (as pessoas só valem quando “servem para alguma coisa”), ainda queremos que ela seja dita em voz baixa.

Muitas pessoas estão prontas para se indignar quando dizemos que alguém não “serve” para nada. Mas, no seu dia a dia, é esse mesmo jargão que rege seus atos.

Talvez, essa máxima funcional deva vir embalada em bobagens como “tenho direito de ser feliz, por isso vou lhe abandonar, porque não vejo uso em você”.

Mas eu, que tenho uma vocação natural para iconoclastia (a arte de ir contra o “coro dos contentes” e não ter medo da opinião alheia, coisa rara num mundo intelectual que agoniza sob a bota do ressentimento dos ofendidos profissionais, a nova face da velha censura), não me contenho e penso em algumas situações onde a máxima “as pessoas só valem pelo que servem para as outras” decidiria nosso futuro. Quer ver um exemplo?

O que diriam para uma jovem mulher (ou homem, tanto faz) caso seu marido (ou esposa) sofresse um acidente que o(a) deixasse inválido para a vida normal? Sem movimento, sem corpo, sem sexo, sem trabalho, sem vida, sem poder ir jantar fora, viajar ou ir ao cinema.

Será que alguém diria “fique ao lado dele até a morte”? Ou “abra mão do seu corpo, do seu movimento, do seu trabalho, do seu sexo, para cuidar dele”? Ou seria mais provável que ouvíssemos coisas do tipo: “Você tem direito de ser feliz, não sinta culpa”. Ou, talvez, num modo mais espiritual: “Talvez ele tenha escolhido esta forma de provação, mas você não é obrigada a abrir mão da vida junto com ele”. Ou ainda: “Antigamente você seria obrigada a aceitar isso como o fim da sua vida, mas ainda bem que hoje o mundo mudou e as pessoas têm o direito de buscar sua satisfação na vida sem ter que sentir culpa”.

A questão aqui em jogo é o caráter insuportável do dia a dia. A perda da liberdade de escolha na qual você é jogada por conta do acidente do outro. A hipocrisia está em negarmos que o abandono como “direito à felicidade” está sustentado na inutilidade do outro para a sua felicidade.

Talvez por conta de minha natureza arredia a festas, coquetéis e eventos, eu entre em agonia diante de tamanho papo furado. Você me pergunta: “Qual é o papo furado?”. Respondo que o papo furado é negar que vivemos sob a tutela dessa moira cega que manda em nossa existência: só temos companhia quando “servimos” para algo.

Claro que não há saída fácil para uma tragédia como essa (um acidente que destrua a vida de alguém com quem escolhemos viver junto), mas a saída começa por reconhecermos que você não tem saída. Abrir mão de sua vida é um suplício, mas o outro sabe que se tornou um estorvo em sua vida e que em algum momento terá que encarar o fato de que “não serve mais para nada”.

Terrível condição, escândalo insuperável. Seria o silêncio enquanto o abandonamos uma forma mais elegante de fugir? Talvez uma visita de vez em quando e uma boa enfermeira ao seu lado, paga por nós?

A vida nos obriga a fazer escolhas terríveis, mas parece que agora decidimos que “tudo é bonito se dissermos que é bonito”. Como nos contos de fadas. Mentira: nossas escolhas são pautadas pelo útil, nossos atos são calculados, nossos afetos são estratégicos. E a moderna ciência do egoísmo encontra as fórmulas para fazer isso tudo bonito. E o contrário disso não é a felicidade, mas a maturidade. Adultos infantis não gostam disso. Preferem ser avatares de si mesmos num mundo sempre florido.

A infantilização do mundo caminha a passos largos. Todos abraçam sua “mentira ética” como forma pessoal de marketing de comportamento. Como numa espécie de “lenda ética sobre si mesmo”, queremos projetar de nós mesmos uma imagem de doçura que, na calada da noite, traímos.

É nessa mesma calada da noite que acordo e peço a Deus que me faça não ver os outros apenas como “uso”. Mas sempre fracasso. Não pensar nas pessoas apenas como objeto de uso é uma conquista dolorosa, como tirar leite de pedras.

Porque somos 3o. mundo

Posted in Atualidades by Raul Marinho on 16 setembro, 2010

O Lula que me desculpe, mas com o Brasil tendo sua melhor universidade em 232o. lugar, continuamos no terceiro mundo. Ou quarto, já que países como China, Turquia, Egito e África do Sul possuem universidades melhores que as nossas. Veja que interessante a tabela abaixo, publicada na Folha de hoje:

AS MELHORES UNIVERSIDADES DO MUNDO

Ranking realizado pela Times Higher Education com colaboração da Thomson Reuters

(more…)

Livro sobre a carreira de piloto de helicópteros

Posted in Aviação by Raul Marinho on 10 setembro, 2010

Fiquei sabendo por uma nota na revista Aero Magazine deste mês sobre o lançamento do livro “A Carreira de Piloto de Helicóptero”, de autoria do cmte Cleber Mansur, PCH com quase 30 anos de história na aviação. Comprei o livro pelo site pdfbooks (muito bom, por sinal: prático e funcional), e posso afirmar que são R$23,90 muito bem empregados.

O livro é excelente, prende a atenção de tal forma que não consegui parar quando comecei, e li de um tapa. É um texto de extremo interesse tanto para o jovem que pretende se tornar piloto quanto para o comandante experiente quase aposentado, passando pelo piloto de avião que está avaliando a asa rotativa, ou o instrutor de voo que está pensando nos próximos passos. Enfim: trata-se de leitura obrigatória para todos os portadores e postulantes à obtenção de uma carteira da ANAC.

Não conheço o cmte Mansur, e não tenho nenhum interesse na divulgação deste livro – aliás, se fosse mais esperto, ficaria na moita para evitar o aumento da concorrência numa carreira que pretendo seguir. Também não recomendo a pirateação do livro: trata-se de uma publicação específica, que rende muito pouco para o autor, e que seria um desestímulo para outros profissionais que pretendem fazer o mesmo. (Se você quiser piratear o Paulo Coelho, não vou falar nada, mas um livro desses é pecado!).

Como único ponto negativo, aponto a falta de cuidado na revisão do texto, com muitos erros de digitação, pontuação, gramática e ortografia, mas nada que prejudique o interesse da obra de qualquer maneira. Vale a pena comprar e ler.

Para comprar, clique aqui ou copie e cole o link http://www.pdfbooks.com.br/index.php/a-car…elicoptero.html

Justiça Social

Posted in Atualidades by Raul Marinho on 30 agosto, 2010

Dia desses, enfrentei uma situação que me deu o que pensar. Eu havia agendado no aeroclube que frequentava um voo de instrução que iria durar a tarde toda, uma vez que se tratava de uma navegação mais extensa, requerida para eu pleitear uma licença superior de piloto. Mas como um dos aviões do aeroclube quebrou (uma outra aeronave idêntica à que eu havia marcado minha missão), a chefia de operações decidiu desmarcar meu voo, uma vez que a outra alternativa seria abortar os voos de outros três alunos que haviam agendado missões curtas (de uma hora) na aeronave retirada de serviço. Fui reclamar da situação, discordando do fato de que o meu voo, regularmente agendado numa aeronave em perfeitas condições, não tinha razões para ser cancelado, mas ouvi o seguinte argumento do instrutor: “Mas você acha justo que desmarquemos os voos de três pessoas para que você possa fazer a sua navegação?”.

Minha resposta foi a de que talvez não fosse justo prejudicar três pessoas ao invés de somente uma; mas de acordo com as regras do aeroclube, aquilo era o certo. E que o aeroclube tem regras claras, que me davam razão, e das quais eu não abriria mão. O resultado? De repente, apareceu alguém dizendo que o avião que estava em bom estado na verdade estaria com o limite de horas para a revisão excedido, e que nem eu nem os outros alunos poderiam voar naquele dia. A partir daí, adquiri uma péssima reputação naquele aeroclube, todos passaram a dificultar meus voos, e eu achei melhor me desligar da instituição e voar noutra freguesia.

Bem… Isso tudo para introduzir o texto do Pondé para a Folha de hoje, sobre essa tal de “Justiça Social”: (more…)

Behavioral commerce

Posted in Atualidades, Evolução & comportamento by Raul Marinho on 19 agosto, 2010

Da Folha de hoje (reportagem de Júlio Vasconcellos):

Behavioral commerce

Táticas de economia comportamental têm gerado grandes inovações nos sites que as utilizam

VIROU MODA falar de “social commerce” -a nova onda que está revolucionando o comércio eletrônico no mundo com sites como Groupon e Gilt, nos Estados Unidos, e Peixe Urbano e Brands Club, no Brasil. O “social commerce” é uma novidade, mas na verdade pouco relacionada a uma experiência de compras mais social.

Essa geração de sites de e-commerce é baseada em modelos de psicologia e comportamento, uma tendência que eu chamo de “behavioral commerce”.

Alguns anos atrás, a revista “The Economist” ofereceu duas opções de assinatura: por US$ 59 o cliente poderia comprar uma assinatura somente para a versão digital da revista, ou por US$ 125 ele poderia optar pela assinatura conjunta da versão digital junto com a versão impressa. Somente 32% dos clientes escolheram a versão conjunta.

Depois de um tempo a “Economist” acrescentou uma terceira opção -uma opção de somente a versão impressa pelos mesmos US$ 125 da assinatura conjunta. Obviamente, 0% dos clientes optaram pela nova opção inferior, mas o que foi mais interessante foi que, agora, 84% dos clientes optaram pela versão conjunta!

A experiência da “Economist” demonstra um padrão de comportamento comum -ao introduzir uma versão parecida, mas inferior à opção disponível, o consumidor é levado a enxergar a opção original de uma maneira mais favorável.

No exemplo da “Economist”, a versão piorada da assinatura fez com que a assinatura conjunta fosse vista como mais atraente. Esse exemplo, apresentado pelo economista Dan Ariely, do MIT, tornou-se um clássico exemplo de um novo ramo de pesquisa que mistura psicologia com economia -chamado de “economia de comportamento”.

A aplicação desses avanços em pesquisa de comportamento formam a base para a revolução de “behavioral commerce”.

Os sites de compras coletivas funcionam devido ao efeito psicológico da escassez eminente. O usuário se encontra em uma situação de luta contra o relógio, uma vez que a oferta vai acabar no fim do dia; no clube de compras, esse sentimento é relativo ao estoque, já que o usuário sabe que existe um número limitado de cada peça em promoção.

Nessas situações de escassez, o usuário sente uma onda de adrenalina e passa a encarar a compra com mais seriedade e excitação -se ele não comprar agora, provavelmente vai perder o produto.

Esse uso da escassez, junto ao medo de perder uma boa oportunidade, não é novidade no ramo de e-commerce.

Quem já não se sentiu pressionado a comprar uma passagem aérea ao saber que restavam somente dois assentos no voo desejado? Quem não quis dar um lance um pouco acima do preço máximo cogitado para não perder uma compra no leilão?

O que é novo nessa tendência de “behavioral commerce” é que essas táticas estão ocupando funções centrais no desenvolvimento de novos modelos de negócio e estão gerando grandes inovações nos sites que as utilizam.

O “behavioral commerce” é importante também pelo fato de criar um laboratório em tempo real que ajuda, em muito, o desenvolvimento de novos conhecimentos no comportamento de consumidores.

A internet facilita o lançamento de milhares de miniexperiências em tempo real que deixam usuários avaliarem diversas opções com formatações diferentes.

Com esse laboratório estatístico e sem custos adicionais para experiências, podemos aprender muito sobre como as pessoas fazem suas escolhas e, assim, criar modelos de interação na web que sejam mais divertidos e que sirvam para melhorar a vida do internauta.

JULIO VASCONCELLOS, 29, economista, é fundador e presidente-executivo do site de compras coletivas Peixe Urbano e gerente para o Brasil do Facebook. Escreve às quintas-feiras, mensalmente, nesta coluna.

julio.folha@yahoo.com

Bob Trivers no Brasil

Posted in Evolução & comportamento, teoria da evolução by Raul Marinho on 10 agosto, 2010

Na semana passada, Robert Trivers, o biólogo estadunidense que propôs a teoria do altruísmo recíproco (tema base do meu livro, “Prática na teoria”), esteve no país, num evento na USP. Como lá não estive, segue abaixo matéria da Folha (repórter Ricardo Mioto), que o cobriu:

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O povo popular

Posted in Atualidades by Raul Marinho on 3 agosto, 2010

Você já ouviu alguma declaração da candidata à presidência Dilma Rousseff? Se ouviu, percebeu que a mulher não fala coisa com coisa. Não é questão de preferência ou ideologia, o problema é que a mulher é completamente destrambelhada, judiação… Duvida? Ouça isso aqui.

Bem… O fato da mulher ser totalmente sem noção é problema dela, não vou entrar no mérito aqui sobre a “Dilma enquanto candidata”. O ponto é: o que faz um eleitor que ouve aquilo ali em cima dizer que votará na autora de tamanha pérola? Não dá, não tem cabimento…

Ou melhor, na verdade, tem sim. Se o “povo popular” que vota na Dilma for o mesmo que o entrevistado no video abaixo, faz todo o sentido.

Carta aos pilotos de helicóptero do Brasil

Posted in Aviação by Raul Marinho on 23 julho, 2010

Caros amigos ex-colegas do curso teórico de PP e de PC no Aeroclube de São Paulo, caros amigos pilotos profissionais de helicópteros que atuam no Campo de Marte, caros amigos pilotos de plataforma, eu tenho algo importante para falar a vocês.

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Apertem os cintos, o piloto faliu

Posted in Aviação by Raul Marinho on 23 julho, 2010

Sem alarde, está sendo feita uma reforma na legislação aeronáutica que vai deixar o filet mignon da aviação com os pilotos estrangeiros. Aos nativos, restarão os aviões Paulistinha, de pau, pano e cano.

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Perco o leitor, mas não perco a piada…

Posted in Uncategorized by Raul Marinho on 22 julho, 2010

Sei que é de péssimo gosto, mas não resisti…

Do Bobagento, que pegou n’O Macho Alpha

Dia de fúria

Posted in Uncategorized by Raul Marinho on 21 julho, 2010

Estive no correio hoje, para mandar uma única carta, não registrada, R$1,90. Demorou 40min., e só havia 2 pessoas na minha frente. Eram 3 atendentes: uma paquerando o cliente, outra atendendo morosamente um boy com umas 15 cartas registradas, e uma terceira aparentemente portadora de transtornos motores e cerebrais. Deu vontade, mas não cheguei ao ponto que esse tio aí chegou:

Após demora em atendimento, aposentado mata servidora da Secretaria da Saúde em SC

JEAN-PHILIP STRUCK

DE SÃO PAULO

Um aposentado matou ontem a tiros uma funcionária da Secretaria Municipal da Saúde de Correia Pinto (258 km de Florianópolis) por causa da demora no atendimento.

Segundo a Polícia Civil, Celso Muniz Coelho, 65, afirmou que havia cerca de um mês vinha procurando a Secretaria de Saúde do município para tratar uma hipertensão e em pelo menos cinco ocasiões voltou para casa sem ser atendido.

Na terça-feira (20), cerca de duas horas antes do crime, o aposentado foi à delegacia da cidade para registrar um boletim de ocorrência por omissão de socorro. Após o registro, segundo a polícia, Coelho voltou para casa e pegou um revólver calibre 38 e uma faca. Por volta de 18h30, se dirigiu para a sede da Secretaria.

Lá, ele disparou cinco vezes contra a servidora Lenimar Aparecida Ribeiro, 41. A polícia não soube informar quantos tiros acertaram a servidora. Ela morreu quando era levada a um hospital no município vizinho de Lages.

Segundo o delegado titular de Correia Pinto, Fabiano Henrique Schmitt, Coelho se entregou à polícia logo após o crime. Ele permanece preso acusado de homicídio doloso (com intenção de matar) e por porte ilegal de arma.

Em depoimento, ele disse que praticou o crime “em nome do povo” e porque não aguentava mais o descaso no atendimento.

A Folha tentou entrar em contato com a Prefeitura de Correia Pinto, mas ninguém atendeu o telefone.

Mais, aqui: http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/770322-apos-demora-em-atendimento-aposentado-mata-servidora-da-secretaria-da-saude-em-sc.shtml

A solussão dos seus pobrema

Posted in Uncategorized by Raul Marinho on 20 julho, 2010

Do impagável Aqui tem coisa, que por sua vez pegou do impagável Porão abaixo, que acho que foi quem fez:

Queimem hereges!!!

Posted in Atualidades by Raul Marinho on 20 julho, 2010

Da Folha de hoje:

Engano faz muçulmanos rezarem em direção à África

Por um erro de cálculo, milhões de muçulmanos da Indonésia, a nação com a maior população islâmica do mundo, vinham sendo privados de seguir um dos preceitos básicos da religião. Em vez de rezar em direção à cidade sagrada de Meca, na Arábia Saudita, eles estavam se voltando ao Quênia e à Somália, na África.

Após consultar cosmógrafos e astrônomos, o Conselho de Ulemás da Indonésia (CUI) -mais alto órgão islâmico do país- admitiu ter errado ao determinar, em março, que os fiéis indonésios direcionassem suas orações a oeste. Agora, orienta que mirem o noroeste.

No entanto, o porta-voz do grupo tentou tranquilizar os religiosos, ao explicar que a falha não havia impedido que Alá ouvisse as suas rezas. “Deus compreende que o homem cometa erros”, disse Ma’ruf Amin.

Não é a primeira vez que ações do conselho ganham as manchetes.

Nos últimos meses, o órgão condenou a aplicação de vacinas contra a meningite no país, porque elas eram produzidas a partir de porcos -cujo consumo é proibido pelo islã.

ROUPAS JUSTAS

O grupo também se posicionou contra o uso de roupas esportivas justas -por despertarem o desejo sexual-, o yoga hindu e as celebrações do Dia de São Valentim, o santo padroeiro dos namorados.

Muitos fiéis seguem as determinações do órgão, por considerar que ignorá-las equivale a pecar.

Com mais de 200 milhões de muçulmanos (cerca de 90% da população), a Indonésia tem a maior população islâmica do mundo.

A maioria, no entanto, é conhecida por professar a fé de forma moderada.

Na minha opinião, esses hereges que rezaram para o lado errado teriam que arder no mármore do inferno. Muito liberal esse Ma’ruf Amin…

Chatice alimentar evolutiva

Posted in Evolução & comportamento, teoria da evolução by Raul Marinho on 20 julho, 2010

Do UOL Ciência e Saúde de hoje:

Fato de crianças serem chatas para comer tem explicação evolutiva

O fato de as crianças serem mais chatas para comer tem uma explicação evolutiva, aponta estudo da pesquisadora Lucy Cooke, do Departamento de Epidemiologia e Saúde Pública da Universidade College London. “Onívoros (que se alimentam de animais e vegetais) têm a vantagem de possuir uma variedade de opções de comida, mas enfrentam o desafio de identificar quais são saudáveis. Naturalmente, as crianças demonstram aversão ao novo, preferindo os alimentos familiares, com sabores mais simples e doces. No passado, isso promovia a sobrevivência, mas, no mundo moderno, pode ter efeitos adversos na qualidade da dieta”, diz ela em um artigo. O grande problema é quando o medo do novo persiste na idade adulta.

Adultos com paladar de criança intrigam cientistas

Antigamente se achava que apenas as crianças implicavam com determinados alimentos e preferiam comidas como pizza, batata frita e chocolate. Mas, nos últimos anos, pesquisadores perceberam que muitos adultos mantêm hábitos considerados infantis na hora que se sentam à mesa. E, agora, a antipatia a certos grupos de alimentos tem sido tratada por estudiosos de universidades americanas e canadenses como um distúrbio alimentar similar à bulimia e anorexia.

A nutricionista Hellen Coelho, que desenvolveu na Faculdade de Saúde Pública da USP um estudo para descobrir como funciona o paladar infantil, explica que, quanto mais nova a criança, mais sensível ela é aos sabores azedo e amargo. “Com o tempo, essa sensibilidade vai diminuindo, por isso as pessoas passam a gostar de café e de cerveja, por exemplo. Mas os hábitos alimentares têm forte influência.”

Virgínia Weffort, presidente do Departamento de Nutrologia da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), conta que até os 12 meses de idade a preferência pelos sabores doce e salgado predomina. “Se a criança não for estimulada a experimentar alimentos variados, não aprende a gostar de outros sabores”, explica a médica.

Segundo as recomendações da SBP, é preciso oferecer pelo menos dez vezes um alimento para a criança, em diferentes situações e apresentações, antes de ter certeza de que ela não gosta. “Com insistência e oferecendo o alimento de formas diferentes é possível vencer a aversão inicial. Após os 3 anos, esse processo se torna cada vez mais difícil.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.