Toca Raul!!! Blog do Raul Marinho

Estratégia para blitz

Posted in Atualidades by Raul Marinho on 8 setembro, 2009

lei_seca

Dos comentários do blog da Bárbara Gancia sobre a Lei Seca, suas blitz, e respectivas estratégias para delas escapar:

Digamos que eu esteja com a dosagem acima do permitido numa blitz, quando sou gentilmente solicitado a soprar.

A questão é: eu poderia pedir ao agente de trânsito uns quinze minutos de prazo, e nesse meio tempo, na frente dele tomar umas três doses de cachaça da pura.

Aí eu sopro, mas mandando constar nos autos que bebi depois da parada e antes da soprada.

Aí (eu acho que) o agente pode informar o que quiser, mas não pode me multar, pois eu o avisei de que ia tomar uma na frente dele.

Assim, atendo a legislação, bebo quando quero, e o tal resultado do bafômetro não vale nada. Certo?

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Instinto para bisbilhotar as celebridades?

Posted in Evolução & comportamento by Raul Marinho on 6 julho, 2009

Celebridade

Essa vem do blog da Bárbara Gancia, e prometo que vou explorar mais a fundo assim que possível. É sobre o trabalho do “neurobiólogo Michael Platt, do Centro Médico da Duke University, na Carolina do Norte”:

O Dr. Platt conduziu um experimento em que deu a um grupo de 12 primatas sedentos uma escolha entre ingerir a bebida preferida deles, um suco adocicado de cereja, ou ter a oportunidade de admirar fotos de macacos dominantes do grupo deles.

Embora os macacos estivessem com sede, conhecessem a bebida e gostassem muito dela, eles preferiram olhar para as fotos.

Assim como acontece com o nosso sofisticado cérebro, aparentemente parte da mente dos primatas também responde especificamente ao frisson da “celebridade”.

Ou seja, nos fomos configurados para gostar de conhecer detalhes da vida íntima do casal Angelina Jolie e Brad Pitt, fomos programados para procurar saber detalhes sobre o que matou Michael Jackson e com quem os filhos dele vão ficar.

Pronto.

Na próxima vez que estiver na sala de espera do dentista, você já pode olhar sem culpa para a revista de fofocas…

Barbaridade!!!!!

Posted in Atualidades by Raul Marinho on 31 março, 2009

Esse vídeo é para você, sabichão, que se acha vivido e que nada mais o possa impressionar. Encontrei no delicioso blog da Bárbara Gancia: trechos (comentados com uma indignação que é um show à parte) de uma entrevista com a Cristina Kirchner, presidenta da Argentina, que alega que o Obama é peronista (!!!) e que copiou seu modelo econômico (!!!!!!). Vale a pena investir 1min58seg do seu tempo.

Uma boa e uma má notícia

Posted in Atualidades, crise de credito, crise financeira by Raul Marinho on 12 dezembro, 2008

damanegro

A boa é que tem um artigo novo da Sandra Paulsen, a co-musa deste blog (a outra é a Bárbara Gancia), um dos melhores que a baiana que mora em Estocolmo já publicou . A má é que este é o último artigo dela neste ano: a Sandra avisa pelo blog do Noblat que sai de férias e volta dia 12/01 – não sem desejar “um Natal em paz e um feliz 2009 para você!”.

(Na ilustração acima, a “dama de negro” que a SP se refere).

Festa e crise

Enquanto as portas do Salão Azul do palácio que é a sede do governo local de Estocolmo se abriam para os exclusivos convidados da festa do Prêmio Nobel, as manchetes sobre a dispensa de trabalhadores se alastravam pelos jornais das principais cidades do país.

No dia 10 de dezembro, todos os anos, há muitas décadas, é a festa de entrega do Prêmio Nobel. A «festa das festas», como alguns aqui a definem.

Os ganhadores se reúnem primeiro, às 16.30, no «concert hall», no centro de Estocolmo, para a entrega formal da honraria. É uma cerimônia linda, na presença de suas Majestades, o Rei e a Rainha, além das Princesas Vitoria e Madeleine, e do Príncipe Carl Philip. Coisa mesmo de reino de contos de fadas. Estive presente duas vezes, lá em cima, na geral. Mas, mesmo assim, foi muito emocionante.

Depois, os convidados de honra dirigem-se ao Salão Azul do Palácio Municipal. Pelos jornais ficamos sabendo que um dos ganhadores do prêmio de Medicina deste ano, Françoise Barré-Sinoussi, sentou-se à mesa junto ao Rei; o vencedor do prêmio de Economia Paul Krugman acompanhou a Princesa Madeleine; e a Rainha foi acompanhada pelo presidente da Fundação Nobel, Markus Storch.

O jantar, do qual, é claro, nunca participei, é de três pratos secretos, idealizados por chefs de renome internacional. Além dos homenageados, de seus acompanhantes e da família real, são convidados o Primeiro Ministro, ministros e outros «importantes» da vida social e política sueca. Depois das 22.30, o salão dourado se abre para a dança, que vara a madrugada.

Certamente a mesma madrugada insone dos milhares de trabalhadores que receberam aviso prévio, nesta semana de crise.

A verdade é que eu evito falar da «dama de negro», mas no país da Volvo e da Saab sueca, se não falarmos da crise atual, ficamos sem assunto. A venda de automóveis no mês de novembro foi mais de 40% menor que no mesmo mês do ano passado. Situação igual, aqui, só em 1993!

Mas, o lado mais desastroso da crise são, mesmo, as demissões: mais de dezenove mil em outubro, outras vinte mil em novembro! Há cidades inteiras, na parte oeste do país, onde as pessoas não dormem sossegadas há tempos.

Num lugar como Oxelösund, com dez mil habitantes, o gigante do aço SSAB já deu aviso prévio a 350 pessoas. Dos dez mil empregados do grupo, em quarenta países, 1300 serão mandados para casa.

Em Örebro, 350 empregados da Atlas Copco receberam aviso prévio, enquanto, na divisão de automóveis da Volvo, mais de 2700 pessoas perdem seus empregos.

Na fábrica da Saab, em Trollhättan, não há funcionário que não esteja preocupado. Fala-se de uma total reestruturação da indústria automobilística. Na Suécia, ficariam apenas áreas como pesquisa e desenvolvimento e design.

Não é para comparar, mas, voltando à festa, até os premiados pelo Nobel podem sentir a crise de perto.

Quando do anúncio, em outubro, os dez milhões de coroas do prêmio eram trocados por quase um milhão e meio de dólares americanos. No momento da entrega, esta semana, a variação do câmbio já dera sumiço em duzentos mil dólares. É a conta da crise.

A pergunta é: onde será que Krugman vai aplicar seu dinheiro?

Psicologia Evolutiva Aplicada

Posted in Atualidades, teoria da evolução by Raul Marinho on 12 dezembro, 2008

susana

Nos congressos anuais do HBES – Human Behavior and Evolution Society, são tratados assuntos muito parecidos com esse que a Bárbara Gancia aborda hoje, em sua coluna na Folha (abaixo copiado). O que aconteceu com a Sra Vieira é, nada mais, nada menos, do que um duelo reprodutivo com seu (ex) marido: ela, já infértil; ele, com excelentes chances de gerar uma prole numerosa. Para o rapaz morto ontem, a melhor opção seria a de drenar recursos da Susana e aplicá-los em novos relacionamentos com mulheres férteis. Se seus tataravôs também agiram desta forma, eles contribuíram para que seus genes superassem os rivais que agiram de maneira diversa. Isso é uma questão básica de Evolução do Comportamento que muita gente acha absurda, uma vez que somos “seres culturais dotados de livre arbítrio”. Então tá, olha o que acontece na prática…

O que as maduras querem?

Que tipo de troca terá existido entre a atriz Susana Vieira e esse pobre rapaz de vida desperdiçada?

CAFAJESTE, TOSCO , aproveitador, truculento, drogado, imoral… De uns meses para cá, Marcelo Silva, 38, ex-marido de Susana Vieira, 66, encontrado morto em um apart-hotel da Barra da Tijuca na manhã de ontem, vinha sendo chamado de tudo um pouco.
Recentemente, em seu programa matutino, a apresentadora Ana Maria Braga chegou a sugerir que a melhor coisa que ele poderia fazer seria “desaparecer da face da terra”.
Ex-policial militar com histórico de agressão física contra mulheres e internação por dependência de drogas, Marcelo não parecia muito preocupado com sua reputação.
Ao sair de mala e cuia da casa de Susana, no mês passado, ele declarou: “Hoje sou um homem aliviado. O que adianta comer picanha argentina num restaurante chique e não digerir a comida? Hoje, eu como alcatra num restaurante barato e tenho uma boa digestão”.
Não sou do tipo que transforma capetas em santos só porque eles passaram desta para melhor. Mas, quer saber? Marcelo Silva, que Deus o tenha, com todas as suas fraquezas e limitações, não é o principal problema desta triste novela.
Vamos e venhamos: o que Susana Vieira e outras mulheres maduras como ela procuram? O que a atriz estava querendo quando se casou com um rapagão enxuto, dependente de drogas e 28 anos mais jovem do que ela? Amor eterno? Estabilidade conjugal? Um bezerrinho para chamar de seu?
A metáfora sobre a alcatra e a picanha utilizada por Marcelo Silva pode não ser digna de constar do livro de etiqueta de Marcelino de Carvalho, mas pulula de franqueza.
Ou será que existe algum homem sarado na faixa dos trintinha que prefira uma picanha de 66 anos a uma alcatra de 27 -a idade da amante de Marcelo que acabou se tornando o pivô da separação?
Com o advento do botox e das várias técnicas de recauchutagem (e de reposição hormonal) hoje disponíveis para quem se recusa a envelhecer com dignidade, a mulherada passou a acreditar que bastou ter dinheiro e o telefone de um bom dermatologista para adiar o inevitável.
Mas um dia a casa cai. E se não cai, ficam todas com a cara das senhorinhas daquele filme “Mulheres Perfeitas” (“The Stepford Wives”, 2004), que parecem saídas da mesma cadeia de montagem.
Freud já não perguntava o que as mulheres querem? Pois, tudo ao mesmo tempo é que não dá para ser. Ou bem a endinheirada poderosa se contenta com prazeres pontuais da carne ou opta pelo companheirismo (e conseqüente enfado) que um relacionamento maduro é capaz de proporcionar.
Veja: não estou tecendo julgamento, longe de mim, mas a curiosidade me corrói as paredes internas do estômago. Sempre que vejo esses casais em que um dos cônjuges é bem mais velho do que o outro, eu me pergunto: sobre o que será que eles conversam? O que será que a Ana Maria Braga cavaqueia com seu mais recente marido? Que tipo de troca terá existido entre Susana Vieira e esse pobre rapaz de vida desperdiçada? Sobre que assuntos o Olacyr de Moraes confabula com suas jovens amigas? Se alguém souber a resposta, por favor me diga.

Artigo Bárbaro – II

Posted in Atualidades by Raul Marinho on 21 novembro, 2008

conan-the-barbarian

Pôxa, assim a vida de blogueiro fica complicada… Olha só o artigo que a Bárbara Gancia publicou hoje na Folha. Matou uma meia dúzia de posts meus, e ainda sobrou um montão.

Deixa a vida me levar…

Se o sócio do Paulistano não quer ver Zeca Pagodinho, que não vá ao show. Por que esse medo irracional do sambista?

A MELHOR FRASE que ouvi nos últimos dias veio da comediante Joy Behar, que substituiu a Larry King em seu programa de entrevistas na rede CNN. Falando sobre a derrota do casamento gay no Estado da Califórnia, Behar disse: “Gay is the new black”, ou seja, o homossexual é o novo negro.
Se o negro já pode ocupar o cargo mais importante do planeta, o de presidente dos EUA, ele pode tudo. E a minoria discriminada da vez passa a ser a que engloba os gays, as lésbicas e as outras “colorações” diversas sobre esse mesmo tema.
Além de engraçada, a frase faz todo o sentido do mundo. Quando o presidente eleito Barack Obama nasceu, há 47 anos, o casamento interracial (entre negros e brancos) ainda era considerado crime em 15 Estados norte-americanos.
Hoje, a própria discussão sobre raça tornou-se obsoleta. Sabemos (ao menos, aqueles de nós com dois ou mais neurônios para chamar de seus) que raça não existe.
E que, a não ser que você seja um daqueles tocadores de banjo do filme “Deliverance” (“Amargo Pesadelo”) que ainda sobrevivem em alguns rincões escondidos dos EUA, esse assunto não será de grande relevância para você.
O leitor mais exaltado dirá que, para os norte-americanos, o negro, assim como o latino, serão sempre cidadãos de segunda categoria, Barack Obama na presidência ou não. Nesse caso, serei forçada a apontar o dedo para o nosso próprio cafofo.
Explico: às vésperas do Dia da Consciência Negra, o colega Vinícius Queiroz Galvão assinou reportagem, neste caderno Cotidiano, relatando que a ouvidoria do Club Athletico Paulistano, um dos maiores de SP, está recebendo queixas de sócios que não querem a presença de Zeca Pagodinho em apresentação de fim de ano no clube.
Teve sócio desgostoso chamando Pagodinho de “cachaceiro”, dizendo que ele deveria “se apresentar no Corinthians” e até alertando para que a presença dele no clube abriria as portas para bailes funk.
A mim parece clara a posição desses sócios: pagodeiro e pobre não só não são bem-vindos no círculo deles como constituem uma ameaça. É o mito do negro estuprador sendo vivido em sua plenitude. Pois na minha modestíssima opinião, se o sócio do Paulistano não quer ver a fuça do Pagodinho, que não vá ao show. Por que esse medo irracional do sambista?
Veja: por sua atuação irresponsável como garoto-propaganda de bebida alcoólica, eu não confiaria meu cão a Zeca Pagodinho para dar uma volta no quarteirão. Mas a música dele é divina e uma coisa não tem nada a ver com a outra.
Comentei o causo no meu blog (que, aliás, está esperando a sua visita) e um internauta, também sócio do Paulistano, que escreveu para dizer que há muitos anos, em um jogo de tênis mirim entre o seu clube e a Hebraica, os jogadores do Paulistano receberam os adversários “vestindo camisetas estampadas com suásticas”.
Pois quer saber? Se dependesse de mim, o sócio do Paulistano que não quer a presença de Zeca Pagodinho deveria ganhar dois presentes no Natal: um saco de carvão e entradas para a família toda, com presença obrigatória, em show musical do Roberto Justus. Deixa a vida me levar!

Artigo bárbaro

Posted in Atualidades by Raul Marinho on 10 outubro, 2008

É contra os meus princípios reproduzir textos de 3os., mas nesse caso vou abrir uma exceção. Esse texto de hoje da Bárbara Gancia está o máximo!

Quantos zeros há em um trilhão?


Os comodistas acreditaram na teoria do “efeito marola”, e a greve dos bancários está aí para provar que a ficha não caiu


NESTA SEMANA, tive de me familiarizar com um termo que só me lembro de ter empregado com propriedade nas vezes em que o utilizei para quantificar células, moscas ou grãos de areia.
O termo é “trilhão” e foi muito usado nestes dias para enumerar as perdas deflagradas pela crise imobiliária nos Estados Unidos. Uns dizem que a ajuda prestada pelo governo norte-americano aos bancos, na ordem de US$ 700 bilhões, não chega nem mesmo à unha do mindinho do problema. Que para estancar a hemorragia que levou o sistema financeiro à UTI seriam necessários mais de US$ 3 trilhões (há quem fale em US$ 5 trilhões).
A calculadora que trago na cuca não consegue processar essa quantidade de zeros. Para falar a verdade, nem sei quantos zeros há em um trilhão e aposto um picolé de limão como muita gente (alô, nobre leitor!) também não saberia tirar essa informação do colete de bate-pronto.
Sou do tempo do milionário (palavra nascida no final dos anos 50 para definir quem possuía, em dólares, aplicações na base dos seis zeros, dinheiro que permitia viver com conforto por uma vida inteira sem trabalhar), da época em que os nojentamente ricos eram aqueles que tinham avião particular. Pois, há coisa de uns dez anos, tive de rever esse conceito do rico ser aquele que possui avião. Um meu amigo, que trabalhava para uma imensa multinacional européia, foi chamado pelo patrão para discutir seu bônus anual. O patrão marcou o encontro em uma de suas tantas casas de veraneio, em Vermont, nos Estados Unidos.
Lá chegando, meu chapinha deu de cara com uma cena inusitada. No jardim da casa do patrão, viu 12 ursos panda correndo livres. Não sei se a história procede, mas depois que a ouvi passei a considerar muito ricos só aqueles que possuem, além do avião, um punhado de pandas.
Mas, voltando à crise, do jeito que a coisa vai, até quem tem dois cães xexelentos sem pedigree, como é o meu caso, deve abrir o olho.
Lula disse há poucos dias que não seremos muito afetados pela crise e quem anda na rua percebe que os comodistas acreditaram piamente na teoria presidencial do “efeito marola”. A greve dos bancários está aí para provar que a ficha não caiu.
Algo me diz que não é bem assim.
Mesmo quem não tem nenhum centavo no banco, não se chama Miguel ou mora em Niterói não deverá passar imune pelo tsunami.
Veja só: na Islândia, o sistema bancário derreteu e houve ameaça de corrida aos bancos; os Estados Unidos estão a ponto de recorrer ao FMI; o Citibank vai pelo mesmo caminho da Panair, Transbrasil, Vasp, Varig, TWA, Pan Am e Swissair e, em Paris, capital mundial do turismo, de um dia para o outro, os restaurantes ficaram às moscas. Trilhões delas.
Ainda não planejei minhas férias de fim de ano, mas estava pensando em visitar amigos em Washington.
Estava. Por conta das notícias dos últimos dias, já me conformei com a idéia de passar o Réveillon tendo o Faustão como companhia virtual. Ao menos a vantagem da adaptabilidade a gente há de ter sobre os muito ricos, não é mesmo? Como sobrevivente do Plano Collor, sou até capaz de hospedar no Natal algum panda sem-teto que tenha recém-chegado dos EUA.