Toca Raul!!! Blog do Raul Marinho

Sobre o autor

Sou o Raul Marinho, riopretense de 40 anos, há 20 no mercado financeiro – comecei como analista de crédito de operações de longo prazo no finado BADESP (uma espécie de “BNDES paulista”, liquidado em 1990). Sou bom de Matemática (fui 2 vezes campeão das Olimpíadas no colégio), mas não genial, muito embora tenha tido um treinamento matemático excepcional no 2o. grau, na Escola de Cadetes do Exército. Cursei Administração de Empresas na FEA-USP e fui trainee do Citibank (1989-1994), onde depois atuei como RM (gerente de contas) do Middle Market e do Corporate em São Paulo, Fortaleza e Campinas. Tive 3 empresas financeiras na 2a. metade da década de 1990: uma corretora de commodities (operava mercado futuro de soja e boi gordo, com escritório em Rondonópolis-MT), uma corretora de seguros (na verdade, atuava como escritório regional da COSESP), e uma empresa de factoring na minha cidade natal: São José do Rio Preto (interior de São Paulo) – todas chamadas Geo. As duas primeiras ficaram com ex-sócios numa cisão, e a última foi responsável por uma explosão fenomenal em 1998/99, quando eu perdi tudo que tinha e ainda fiquei devendo. Recomecei minha vida no Rio de Janeiro, como diretor comercial da Symprise (2000/01), uma empresa de TI especializada em sistemas de gestão para comércio exterior. Em fins de 2001, voltei para São Paulo a convite de uma empresa de consultoria chamada Rama Empresarial (nada a ver com Raul Marinho, a firma foi fundada em 1967 pelo sr Antonio Rama), onde trabalhei em 2 períodos: 2001/03 e 2005/06 como consultor especializado em estruturação financeira. No período 2003-2005, morei em Brasília, e trabalhei no Ministério da Agricultura, com projetos de modernização administrativa (uma experiência alucinante, vou falar dela no blog). Depois da 2a. fase na Rama até hoje, eu venho trabalhando num escritório de advocacia (Amaral Maia & Espallargas), exercendo uma série de papéis. Atualmente, estou estruturando um FIDC (Fundo de Investimento em Direitos de Crédito) lastreado em precatórios (créditos judiciais contra o governo), mas como o mercado está maluco por causa da crise nos EUA, tenho me dedicado a outras coisas. Dentre elas, está a criação de um negócio de educação financeira cujo nome provisório é “Instituto do Crédito”. E este blog, é lógico!

Em paralelo a esta carreira no mercado financeiro, eu iniciei uma nova profissão em 2001, a de escritor, palestrante, pesquisador e “empreendedor social” (dirijo uma ONG, mas não gosto de falar dessa sigla por motivos óbvios). Tudo começou em 2001, quando escrevi uma carta para a redação da revista Você S/A (ed.Abril) reclamando que ali só aparecia matérias de gente de sucesso, mas não sobre gente normal, como eu, que havia quebrado no passado. O fato é que a diretora da redação gostou da carta, e fez uma matéria de 8 páginas sobre a minha história, chamada “Eu fracassei”, que deu uma baita repercussão na época. Aproveitei a oportunidade e tentei emplacar um artigo sobre Teoria dos Jogos na revista, que já era minha paixão intelectual na época. Embora sem sucesso inicial, tirei a sorte grande no início de 2002, quando o filme “Uma mente brilhante”, sobre o pioneiro da Teoria dos Jogos – John Nash, ganhador do Nobel de Economia de 1994 – ganha o Oscar, e ninguém sabia o que esse tal de Nash estudava. Aí, a diretora de redação da revista topa publicar um artigo meu no site da Você S/A, que teve excelente aceitação. Resumindo: foram mais de 20 artigos publicados na Você S/A (todos muito comentados), um convite para ser palestrante na 1a. edição do Carreer Fair (um evento importante na área de negócios), e a oportunidade de escrever para outros veículos de imprensa: jornais, como a Gazeta Mercantil, revistas, como a Pequenas Empresas & Grandes Negócios, inúmeros sites (principalmente o administradores.com), e a ser palestrante em eventos empresariais, como o Expomanagement (ed.HSM-Management). Isso também me abriu as portas para a editora Saraiva aceitar editar meu 1o. livro: “Prática na Teoria – Aplicações da Teoria dos Jogos e da Evolução aos Negócios”, em 2005 (vendeu bem, e está esgotado na editora, apesar de ainda ser encontrável em algumas livrarias). Este ano (2008), eu lancei meu 2º livro: “Teoria dos Jogos aplicada aos relacionamentos”, em versão áudio-book pela Universidade Falada.

A ONG que eu dirijo desde 2006 é o ICED – Instituto Comportamento, Evolução e Direito, que não tem contratos com o governo, e não recebe verbas públicas ou qualquer tipo de subsídio. Nosso objetivo é estimular estudos e pesquisas, assim como disseminar conhecimento sobre as aplicações da Evolução do Comportamento (incluindo a Teoria dos Jogos) para as Ciências Sociais Aplicadas, particularmente o Direito e a Administração de Empresas. Nós somos associados ao HBES – Human Behavior and Evolution Society (Sociedade [de estudos sobre] Evolução e Comportamento Humano), ao SEAL – The Society for Evolutionary Analysis in Law (A Sociedade de Análises Evolutivas [aplicadas ao] Direito) e ao Gruter Institute for Law and Behavioral Research (Instituto Gruter de Pesquisas Comprtamentais [aplicadas ao] Direito), além de sermos a única instituição do Brasil com acesso aos bancos de dados etnográficos do HRAF – Human Resources Area Files (Departamento de Arquivos de Recursos Humanos), baseado na Universidade de Yale. No Brasil, nosso maior vínculo institucional é com o LEEH-IB/USP (Laboratório de Estudos Evolutivos Humanos do Instituto de Biologia da USP), de onde vêm a maioria de nossos membros fundadores. Por meio do ICED, eu desenvolvi projetos muito interessantes junto a empresas como o Banco ABN/Real (atual Santander), a Symantec, o grupo Petropar, a Opto, e muitas outras (vou falar desses projetos em detalhes no blog). Acho que é isso…

13 Respostas

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  1. Alvaro Augusto said, on 3 junho, 2009 at 10:57 am

    Raul,

    Estou preparando uma palestra sobre teoria do jogos e seu livro, claro, está servindo de referência. Fiquei surpreso ao ler esse resumo autobiográfico, pois realmente não estava a par da sua trajetória. Parabéns!

    [ ]s

    Alvaro Augusto

  2. Raul Marinho said, on 3 junho, 2009 at 3:05 pm

    Muito obrigado, Álvaro!
    Querendo uma ajuda na palestra, avise.
    Um grande abraço,
    Raul

  3. Marcelo said, on 8 junho, 2009 at 11:04 am

    Olá, Raul!

    Você conhece alguma coisa sobre Pesquisa Operacional? Em que cursos poderia aprender?
    Matemática Aplicada ou Engenharia de Produção ou outros? Uma das matérias da Pesquisa Operacional é a Teoria dos Jogos.

    A adoção de candlestiks e outras ferramentas por investidores torna o mercado previsível a curto prazo? Se vários investidores conhecem as ferramentas e outros não conhecem,
    os que conhecem ganham dos que não conhecem? Essas ferramentas possuem alguma relação com a Teoria dos Jogos?

  4. Raul Marinho said, on 8 junho, 2009 at 1:56 pm

    Marcelo,

    Eu aprendi P.O. na graduação em Administração de Empresas – no meu caso, na FEA-USP 1987-1990, quando havia 4 semestres obrigatórios de P.O. (na época, não sei por que, não se ensinava Teoria dos Jogos, nem junto nem separado de P.O.). Acredito que a maioria dos cursos de Administração e de Engenharia de Produção ainda tenha P.O. como matéria obrigatória, mas acho melhor você checar a grade curricular do curso que te interessar.

    Acredito que não se ensine P.O. e T.J. de forma conjunta (cheque isso), embora essas disciplinas sejam muito parecidas quanto à mecânica de resolução de problemas. O que ocorre é que T.J. e P.O. têm aplicações muito diferentes. P.O. é específica para Administração da Produção, enquanto que a T.J. é utilizada em Microeconomia, daí não fazer muito sentido misturá-las.

    Quanto ao uso de ferramentas de análise quantitativa (ex. candlesticks) para prever comportamento futuro de mercados, é importante que você fique ciente que isto não faz com que esses mercados sejam previsíveis, nem no curto prazo, nem em prazo algum. Leia “A estratégia do cisne negro”, do Nassim Nicholas Taleb, que vc vai entender isso melhor. O que dá para fazer é estabelecer estratégias que sejam menos vulneráveis a fatos improváveis (mas que ocorrem, na prática). O fato de muitos players utilizarem exatamente as mesmas ferramentas quantitativas, entretanto, pode sim alterar o equilíbrio do jogo, e essa sua percepção está corretíssima. E, sim, isso tem muito a ver com T.J., é o velho e bom “eu penso que ele pensa que eu penso” que o Nash tanto falava…

    Espero ter ajudado. Se vc quiser discutir mais sobre isso, fique à vontade.

    Um grande abraço,

    Raul

  5. Fernando Barrichelo said, on 2 novembro, 2009 at 11:23 pm

    Prezado Raul

    Acompanho você desde o lançamento do “Prática na Teoria” e quando você tinha o outro site http://www.raulmarinho.com.br onde colocava seus artigos da Você SA (onde eu os encontro novamente?). Também já conheço bem o seu audio-livro. Só falta comprar o mais novo (não consegui via site que sugeriu…).

    Bem, este post é apenas para dizer que gosto muito das suas publicações e da sua linha de comunicação usando Teoria dos Jogos.

    Eu tenho um site sobre o assunto (www.teoriadosjogos.net) e nele coloquei a indicação do seu livro como referência, seu perfil e seu blog.

    PS: fiquei sabendo no blog que você é de Rio Preto. Conheço bem, minha esposa é de lá.

    Forte abraço

    Fernando Barrichelo
    http://www.teoriadosjogos.net
    http://www.fernandobarrichelo.com

  6. Raul Marinho said, on 3 novembro, 2009 at 2:56 pm

    Fernando,

    Vc encontra os meus artigos da Você S/A aqui mesmo, neste blog (além do site da revista): estão todos agrupados na tag Você S/A (https://raulmarinhog.wordpress.com/tag/voce-sa/).

    O “áudio-livro mais novo” é, na verdade, um DVD de uma palestra que eu dei num evento da AC-Minas. O problema é que o produto não está sendo comercializado, só está no acervo da entidade para consulta in loco…

    Muitíssimo obrigado pelos elogios e pelas referências!

    Recomendações à sua senhora, de nobre origem.

    Um grande abraço,

    Raul

  7. Pedro Amancio said, on 19 maio, 2011 at 11:10 pm

    Oi Raul,

    fiquei impressionado com sua historia. Pelo contato que tenho com o autor Raul eu nao imaginava duas coisas:
    1-Que vc era tao jovem;
    2-Que vc tinha uma historia tao legal de recomeço.
    Parabens pelo belo trabalho e mais sucesso! Fiquei muito feliz mesmo pela surpresa maravilhosa q a vida te reservou.

  8. Raul Marinho said, on 19 maio, 2011 at 11:58 pm

    Muito obrigado, Pedro!

  9. Thiago Miniero said, on 28 julho, 2011 at 7:24 am

    Raul, interessante suas definições sobre a carreira de Piloto, embora um tanto rasas para a realidade e cheias de opiniões pessoais, suas ou de quem o ajudou em consultas. Os salários, por exemplo, em todos os mercados, estão um tanto defasados e as definições de “topo da cadeia” em cada um dos setores não se aplicam propriamente dentro dos termos e contextos utilizados. Sou piloto, formado pela PUCRS-VARIG, trabalhei na Embraer por 4 anos e hoje vôo um jato executivo particular em linhas internacionais para um grande empresário.

  10. Raul Marinho said, on 28 julho, 2011 at 2:29 pm

    Thiago,

    Acho importante que pilotos experientes como vc critiquem o blog. Sugiro que vc va no meu novo blog, específico sobre instrução aeronáutica, e faca seus comentários. O endereço e paraserpiloto.wordpress.com.

    Abs,

    Raul

  11. Rubens said, on 7 novembro, 2011 at 7:49 pm

    Raul,Muito interessante seu blog.Sou piloto de asas rotativas da Fab e gostei da parte em que o senhor fala da Teoria dos Jogos de Jonh Nash…Aprendi essa materia no 3 ano de Afa no curso de Administraçãoe gostaria de aprofundar meus conhecimentos.Existe alguma outra bibliografia??
    Tendo em vista que o senhor ja foi Aluno da Especex e hoje trabalha no Mundo Civil,gostaria de que opinasse sobre a atual evasao de oficiais da fab para empresas civis e o impacto que pode gerar nas FFAA.Grato pela sua atencao

  12. Raul Marinho said, on 8 novembro, 2011 at 8:08 am

    Rubens,

    Existe uma vastíssima bibliografia sobre teoria dos jogos, mas é difícil te indicar alguma coisa sem saber o que vc está procurando. No meu livro, por sinal, existe uma boa indicação bibliográfica.

    Sobre a evasão de oficiais da FAB, gostaria de entender o que está acontecendo, pois não possuo muitas informações sobre este fenômeno.

    Abs,

    Raul

  13. Tarcísio said, on 30 dezembro, 2011 at 8:05 am

    Parabéns pela sua trajetória Raul, li sua publicação por acaso e sua história é muito interessante, obter sucesso depois do que passou prova a sua competência.


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